domingo, 31 de outubro de 2010

Ferreira Gullar


Sobre Ferreira Gullar, ninguém menos que Vinicius de Moraes escreveu, em 1976, que se tratava do "último grande poeta brasileiro". Na época, o maranhense estava exilado em Buenos Aires, depois de cumprir um longo périplo - Moscou, Santiago, Lima - fugindo da mão pesada da ditadura militar. Ali, um ano antes, espremido entre os golpes no Chile e na Argentina, temendo "desaparecer" em meio à proliferação de ditaduras latino-americanas, Gullar tinha escrito a sua obra-prima, Poema Sujo (1975).

Poema-limite, vertiginoso na evocação da São Luís da infância do poeta, das histórias, personagens e sensações prestes a mergulhar no esquecimento da morte, Poema Sujo levaria o nome de Ferreira Gullar, de fato, ao panteão mítico dos grandes nomes da poesia brasileira, ao lado de Murilo Mendes, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e - à parte a modéstia do próprio - Vinicius de Moraes.

Se ele não era exatamente o "último" naquela época, hoje não são poucos os que o consideram o maior poeta vivo do Brasil - e não apenas pelo impacto de Poema Sujo. Nascido José Ribamar Ferreira no dia 10 de setembro de 1930, o também dramaturgo, ficcionista e crítico não é um mero sobrevivente de uma era que passou. Ferreira Gullar é, antes, um intelectual e um escritor a quem não falta o gosto pelo estudo, pelo debate e, sobretudo, pela poesia.

São 60 anos de carreira, período em que ele atravessou, ativamente, todos os episódios decisivos da moderna poesia brasileira. Da mesma maneira que sua obra se localizou em algum ponto entre dois extremos - o lirismo e a sordidez, o local e o universal, a multidão de vozes e a solidão -, sua trajetória revela um poeta que oscilou entre a ousadia aberta e a prevenção contra os formalismos ocos.

Parafraseando Caetano Veloso, pode-se dizer que Ferreira Gullar "entrou em todas as estruturas e saiu de todas", num movimento contínuo de experimentação de sintaxes em busca do aperfeiçoamento da própria voz - uma busca pelo novo em que ele nunca perdeu de vista suas origens. Foi assim desde quando, ainda no Maranhão e incrivelmente atrasado em relação aos modernistas, Ferreira Gullar estreou na literatura, em 1949, com as redondilhas, decassílabos e alexandrinos de Um Pouco Acima do Chão, livro de lustroso sotaque parnasiano.

"Talvez eu nasça amanhã", diz o último verso do último poema desse livro que ele, mais tarde, renegaria. Como se cumprisse uma profecia, o poeta, já vivendo no Rio de Janeiro, abandonou a régua e a rima no livro A Luta Corporal (1954). E o fez com autoridade e desassombro: na concepção de uma poesia visual, formada por estilhaços de palavras que exploravam novas possibilidades sonoras, Gullar não apenas superava certo prosaísmo que rondava a poe­sia do modernismo da época, como também antecipava os procedimentos do concretismo.

Poeta visceral, ele, contudo, desembarcou do movimento atirando contra a racionalização "matemática" promovida pelo grupo paulista - Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos à frente. O racha provocou uma das cizânias mais persistentes e ferozes da literatura brasileira, até hoje responsável por uma resistência a Gullar em certos círculos de São Paulo. O ciclo, poém, estava estabelecido.

Inovador mas avesso ao dogma, Gullar deu prosseguimento, na prática, à profunda reflexão sobre o papel da poesia. Em 1959, lançou as bases do movimento neoconcreto, a partir do qual construiu o corpo principal de sua (polêmica) abordagem das artes plásticas. Já nos anos 60, ingressou no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes, iniciando uma fase "popular" e engajada politicamente, cujas ramificações se estenderam ao teatro.

Mas, se as frias ortodoxias estéticas não serviam a Gullar, o mesmo se aplicaria às normatizações de uma arte concebida como assessório da revolução social. Na soma dessas idas e vindas, forjou a poesia que conquistaria Vinicius de Moraes. Naquele ano de 1976, foi Vinicius quem trouxe ao Brasil a fita cassete gravada pelo próprio Ferreira Gullar com Poema Sujo, promovendo "sessões" no Rio de Janeiro para exibir a todos a poesia "orgânica, crua, fecunda, emocionante" daquele intelectual maranhense que, no exílio, procurava traduzir a totalidade de sua própria existência.

O curioso é que a crueza de Poema Sujo - e também de Dentro da Noite Veloz (1975) - teve a capacidade tanto de elevar Ferreira Gullar àquele panteão mítico de poetas quanto de aproximá-lo (por conta das circunstâncias, inclusive) da "poética deliberadamente impura da poesia marginal", na expressão do crítico José Guilherme Merquior. Nesse momento, Ferreira Gullar, que voltaria ao Brasil em 1977, ainda trafegava naquele território entre os extremos. Viveu os movimentos do seu tempo, apontou caminhos, experimentou. Mas sempre, ontem como hoje, desempenhando o papel de tradutor de sua própria história, a de um homem que - como todos - está num ponto difuso entre a infância e a morte.



Desculpe-me por demorar para postar coisas novas....

Oie ...

Pessoal estou sem tempo nesses ultimos dias
devido uma serie de acontecimentos......
então vou demorar para postar coisas novas....

sábado, 16 de outubro de 2010

Dicas, fazendo flores.

Essa flor poderá ser usada para várias aplicações.
Gli addobbi per decorare il terrazzo o il balcone in stile romantico vintage
Corte 5 círculos de tecido de tamanho semelhante
Gli addobbi per decorare il terrazzo o il balcone in stile romantico vintage
Dobre e coloque o tecido na borda exterior.
Quando colocamos todos os cinco pedaços de pano, agitar o fio e vincular-lo, para formar uma flor.
Gli addobbi per decorare il terrazzo o il balcone in stile romantico vintage
Aperto a forma de um fio de flores.
Gli addobbi per decorare il terrazzo o il balcone in stile romantico vintage
Finalmente costurar o botão.
Fonte /www.casaetrend.it

Dicas, fazendo sache.

Quer deixar suas gavetas cheirosas, então acompanhe essa dica.
Materiais:
2 guardanapos de linho de 17 x 17 cm (estes são da Roupa de Mesa)
1 m de fita de cetim de 0,5 cm de largura
Escolha o recheio: aposte nos aromas de sua preferência.
Acima, você vê punhados de laranja seca, canela, cravo e camomila,
vendidos a granel em casas de essências e mercado
Monte o sachê: sobreponha e alinhe os guardanapos.
Combine recheios, como laranja e canela, ou selecione um só.
Com a agulha, passe a fita pelos furos do bordado e dê um laço.
Fonte www.casa.abril.com.br

Dicas de boas maneiras à mesa...

Não se servir antes do anfitrião. Ao sentar-se à mesa no lugar que lhe foi indicado, o convidado pode logo tirar o guardanapo do prato e colocá-lo em posição (guardanapo de tecido sempre sobre o seu colo), mas não pode começar a se servir antes do anfitrião ou da anfitriã. Em uma mesa de menos de dez pessoas, espera até que todos estejam servidos para começar a comer. Tratando-se de longas mesas com várias dezenas de convivas, espera que perto de dez estejam servidos, para começar.
Propriedade no uso dos talheres. Ao ver o grande número de talheres colocados na mesa junto ao prato, a pessoa pode recear se confundir. Mas há uma regra geral bem simples. O talher a ser usado é o que está mais afastado do prato. Alguns talheres poderão ser retirados pelo garçom ou substituídos por outro de modelo diferente, e isto dependerá do prato escolhido para a refeição. Porém ele os colocará na mesma ordem. Apesar dessa regra simples, é conveniente a pessoa procurar conhecer os vários tipos de talheres e a quais pratos seu uso se relaciona, a fim de poder proceder com mais desembaraço.
Conversação. À mesa, converse tanto com seu vizinho da esquerda quanto da direita, e com os convivas à sua frente, e participe preferencialmente do interesse geral pelo que dizem o anfitrião e a anfitriã. Conserve uma atitude atenta sem ser tensa ou ansiosa. Cuidado com os efeitos das bebidas
Os cotovelos. Não colocar os cotovelos sobre a mesa é um preceito bastante conhecido. Cotovelos sobre a mesa enquanto mastiga, principalmente com o garfo e a faca nas mãos, compõem uma péssima postura à mesa. Apenas as mãos e os punhos podem apoiar-se sobre a mesa enquanto a pessoa come. Ao utilizar a faca e o garfo para cortar, mantenha os cotovelos próximo do corpo, para evitar tocar o vizinho de mesa Após os discursos e brindes, se houver, ou se não, a partir da sobremesa, durante o cafezinho e os licores, é tolerável uma postura menos formal e a atitude pode ser um pouco mais à vontade.
Falar enquanto come. É necessário saber falar enquanto se está comendo. Não falar com a boca cheia, e não mastigar com a boca aberta, e não mastigar ruidosamente são preceitos bastante conhecidos. Poucas palavras e frases curtas quando se tem comida na boca, e interromper a refeição quando tiver que ser mais extenso, deve ser a regra. Falar enquanto come pode induzir a pessoa a engolir muito ar, resultando dores no estômago e no peito, além de outros inconvenientes.
Repetir pratos. Nas refeições informais e no caso do bufê, não há restrição para se repetir um prato. Porém, quando estão previstos vários pratos na ordem própria de uma refeição completa servida à francesa, somente se repete um prato se o garçom oferecer uma segunda vez. Caso contrário, não se pede para repetir a sopa ou qualquer dos pratos. Em uma refeição completa um prato completa o precedente, de modo que a fome não será aplacada com o primeiro deles, mas somente ao fim da refeição, incluída a sobremesa.
Servir-se no bufê. O bufê, seja em um restaurante seja em uma recepção, permite à pessoa servir-se na mesma ordem dos pratos de uma refeição completa servida à francesa (Os bufês têm as entradas, sopas, os comestíveis do primeiro prato e do prato principal). Quem não se apercebe disto, enche o prato de comida misturando todos os sabores, quando poderia ir ao bufê as vezes necessárias para comer na ordem própria de uma refeição completa, cuja seqüência é a mais apropriada à digestão, evitando também o exagero de um prato transbordante de comida.
Remoção de resíduos. Está obviamente despreparada para comer em companhia de outras pessoas aquela que mete o dedo na boca para limpar entre os dentes com a unha, limpa o nariz no guardanapo ou a boca no forro da mesa, e comete outras imprudências repulsivas à mesa. Não se pega indiscriminadamente com os dedos nem se cuspe no guardanapo partes não comestíveis do que foi levado à boca. A regra geral é: do mesmo modo que se levou um alimento à boca, é retirada da boca qualquer sobra dele que seja necessário remover. Se uma fruta é comida com as mãos, sem uso de talher, então o caroço dessa fruta, ou qualquer parte indesejável que tenha que ser retirada da boca, será apanhada com os dedos. O que se leva à boca com um garfo (por exemplo, a carne), retira-se (por exemplo, um pedaço de nervo ou de cartilagem) passando da boca ao garfo e deste a um canto do prato; se há o que retirar da boca que foi levado com a colher, retira-se passando para a colher. Em qualquer desses casos busca-se proteger o gesto fazendo-se concha com a outra mão. A espinha de peixe é uma exceção: pode ser apanhada entre os lábios com a mão. O caroço, a cartilagem, casca, etc., retirados da boca são deixados em um canto do prato em que se come, e não no pratinho de pão, nem no “sous-plat”.
Bebida alcóolica. O copo de coquetel ou drinques aperitivos não são levados para a mesa de refeição. Igualmente não se solicita bebida destilada (whisky, cognac, etc.), nem bebidas alcoólicas doces (licor, vinho do porto, etc.) como acompanhamento dos pratos principais. O acompanhamento em um jantar formal sempre foi principalmente o vinho. Deve-se beber apenas o que é oferecido como acompanhamento a cada estágio da refeição, no momento oportuno. O anfitrião oferecerá bebidas destiladas quando forem exigidas por pratos especiais (sakê, para comida japonesa, cachaça para feijoada e churrascos gordurosos, etc.).
Agradecimento. Após participar de um jantar ou festa a que foi convidado(a), sempre envie no dia seguinte uma mensagem de agradecimento ou telefone para comentar e cumprimentar a anfitriã pelo que você puder elogiar do evento.
Salvados. Não peça para levar um pouco do que sobrou de um jantar ou almoço, ou um pratinho de doces, ou pedaço de bolo. Ter olhos para o que possa sobrar de uma festa é mostra de muita necessidade econômica e, embora a comparação possa parecer muito rude, é um papel de esmoler.
Comida caída do prato. A pessoa que deixa cair um pouco de comida do seu prato sobre o forro da mesa, deve recolher a porção caída com o mais apropriado de seus talheres e colocá-la na margem do prato em que come.
Vestimenta. A roupa que a pessoa está usando deve ser a apropriada para o evento de que participa. Nunca se usa boné, chapéu ou camiseta sem mangas à mesa da refeição. Mesmo em um quiosque na praia a pessoa que tem um mínimo de consideração com seus amigos e amigas coloca uma blusa ou camisa leve para uma refeição à mesa. O mesmo vale para a refeição com a família, no recesso do lar.
Ruídos. Soprar a sopa quente, ou tomar ruidosamente qualquer líquido é reprovável. Se faz involuntariamente qualquer ruído (tosse, regurgitamento, etc.), a pessoa não precisa fazer mais que pedir desculpas aos seus vizinhos de mesa. Telefones celulares devem ser desligados e religados somente após a pessoa deixar a mesa. Se precisa manter seu aparelho ligado, a pessoa deve, de preferência, deixá-lo na bolsa ou sobre algum ponto suficientemente próximo da mesa para que escute a chamada, e pedir desculpas e levantar-se quando precisar atendê-lo.
Fonte CNPRODUTORAS

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Escolhi ser freira! Testemunho verídico de Ana R.

Depois do sofrimento será possível alcançar a felicidade? Acredito bem que sim. Sou ainda muito jovem, e de certo, será muito cedo para falar de uma felicidade plena, contudo a minha opção de vida fez-me passar por muito. Quero ser religiosa, de vida contemplativa. Desde muito pequena que me sentia vocacionada para um caminho muito diferente do que era habitual, embora já tivesse pensado em ser mãe e casar-me, como toda a jovem sonha.

Estudei num colégio de freiras, durante 7 anos, e foi ai o meu primeiro contacto com a vida de religiosa, com apenas 6 anos de idade. As Irmãs do colégio eram alegres, o que me despertava curiosidade, que vida teriam?Como podem ser felizes?.... Começei a falar muito com a Irmã que me dava catequese, sobre Deus e a vida de religiosa. Mas a vida decorria normalmente, gostei de um rapaz da minha turma, o que é normal naquela idade. Aos 8 anos conheci uma comunidade de Irmãs de Clausura, Carmelitas, através do meu pai que as conhecia desde pequeno. Esse contacto com o Carmelo modou-me muito, e o que mais me tocava eram as grades existentes na capela, que separam dois mundos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais. Começei a ter vontade de estar no Carmelo, pedia ao meu pai para me levar, e pouco falava com as Irmãs, mas só o facto de estar ali já me bastava.

Com o passar dos anos, o contacto com o Carmelo e mesmo com as Irmãs do Colégio, tendo a possibilidade de comparar as duas vidas, comtemplativa e activa, duas formas de seguir Deus, permitiram-me fazer uma escolha, querer ser Carmelita... No ínicio, muito insegura na escolha, não quis confia-la a ninguém, e durante um tempo andei numa constante dúvida, acabando por falar com uma colega da turma, e esta contou a uma Irmã do Colégio. A partir dai começou a espalhar-se uma novidade que gerava muito espanto, "a Ana quer ser Carmelita". Tive muito apoio das pessoas que me rodeavam no colégio, e enquanto não chegou a novidade a casa, tudo decorria muito bem... Não queria dizer aos meus pais uma escolha como esta ainda porque sou filha única e isso iria fazê-los sofrer muito, mas acabaram por descobrir através de um papel que me esqueci no quarto e que falava de uma vontade em seguir a vida religiosa. Ai começaram os obstáculos, os empedimentos de estar com as Irmãs, mas sempre com o apoio dos amigos. Mas aconteceu algo inesperado, mudei de escola, acabando por não ter tanto contacto com os meus amigos que tanto me ajudaram, e ter que suportar os obstáculos sem tanto auxílio, e o pior ainda estava para vir. Os meus colegas da nova escola rejeitaram-me por vir de um colégio de freiras, e quando se veio a descobrir que queria ser religiosa, ai ainda foi pior. Eramos uma turma mas não comportavamos como tal, não falavam comigo e quando o faziam era para mandar "bocas", chegando mesmo a perguntar porquê é que ali estava, o que mais me chateava é que estava ali contra a minha vontade.

Apesar de tudo, tive uma recompensa, podia passar mais vezes pelo Carmelo, mesmo estando proibida pelos meus pais de lá entrar, uma vez que tinha mudado de casa.Com o tempo, fui aceitando o facto de ultrapassar os obstáculos se queria crescer e seguir o meu sonho, e apesar de tudo sentia-me bem por dentro por poder ter um Amor, por Deus, e ser diferente.Isso ajudou-me a ultrapassar os problemas que haviam com os colegas. Nessa altura, começei a fazer voluntariado, com crianças, o que me permitiu descobrir algo muito bonito, ser Mãe sem sê-lo fisicamente, pois as crianças necessitavam de um amor maternal, de alguém que as compreendesse e guardasse tempo para estar com elas. Houve um dia, que inesperadamente, uma das raparigas, com 9 anos, me chamou de mãe enquanto faziamos os trabalhos de casa, continuei como se nada tivesse acontecido pois nem sabia como reagir, e tornou a chamar-me, ai parei, e falei com ela, de que de facto adorava os meus meninos, como meus filhos. Hoje,tenho muitas saudades deles, nunca mais nos vimos, mas graças a eles pode descobrir um bem precioso, ser Mãe.

Estive dois anos na escola pública, e durante esses dois anos andei nalguns psicólogos a pedido de um director de turma para ter a certeza de que era normal querer ser freira e ser a menina certinha. Nessa escola, soube de muitas situações que me chocaram, desde uma rapariga que tinha 14/15 anos e que dizia que já tinha feito dois abortos, rapazes a fumarem, alguns droga, uma rapariga que logo de manhã bebeu uma caipira.Pessoas tão diferentes de mim. Entretanto tive que ir para uma outra escola, secundária, ai já foi diferente, os colegas respeitam a minha decisão, não temos muita convivência, falamos nas aulas e quando nos encontramos mas nada de grandes amizades, pelo menos respeitam a minha decisão e não há críticas o que favorece muito o facto de me sentir bem na escola, o que não acontecia anteriormente.

Mantive sempre o contacto com os amigos do colégio, quase todos os meses almoçamos juntos, desses sempre tive o grande apoio necessário para ultrapassar todos obstáculos, não é fácil quando se toma uma decisão para toda a vida e ainda se é tão jovem, ainda mais uma decisão destas.

Hoje, com quase 18 anos, idade exigida para se poder entrar num Convento, sinto-me cheia de forças e esperança. Sinto-me feliz no AMOR.

Os meus pais, com o tempo foram aceitando, a minha família quase tuda já sabe da minha vocação. Menos uma pessoa que adoro, o meu avó que nunca foi virado para a religião, mas acredito que surgirá o momento certo para lhe contar.

Também gostava de falar de uma experiência que tive, e que me fez lutar ainda mais pelo meu sonho, tinha uma tia que adorava, todas as semanas falavamos, e quando o faziamos pelo telefone estavamos mais de 30 mint., disse-lhe do meu sonho, num dia de ano novo, e foi uma alegria para ela, acabando por me ajudar muito com os meus pais, enfrentando-os com a minha vontade e com o que deviam fazer , aceitar. Nessa altura, janeiro de 2004, os meus pais diziam-me coisas que me custavam ouvir, como por exemplo de que deixaria de ser filha deles a partir do momento que entrasse no Carmelo... A minha tia intervinha sempre, e muito me ajudou. Em 2005, ia fazer o Crisma, convidei-a para minha madrinha, e foi com muita alegria, mas nesse ano surgiu "uma bomba", ela estava com cancro na garganta, havia uma certeza de que era operada e viria para casa, que tudo iria correr bem. Mas não foi o que aconteceu, em Outubro desse ano, ela foi operada, entrou ás 8h30 da manhã e saiu 11 horas depois. O tamanho do temor era muito maior do que se pensava. Durante 3 meses esteva no IPO, sempre foi muito bem tratada, uns dias estava bem, mas logo depois piorava, e todos os dias contava com a minha visita. Começei a ter um contacto inesperado no IPO, todos os dias ia lá, e sentia-me bem porque acabava por falar com mais pessoas que estavam na mesma situação, vi muito sofrimento e o maior foi na semana em que a minha tia entrou nos cuidados paliativos, sentia-me no corredor da morte. É uma sensação muito estranha quando estamos com as pessoas de que adoramos e saber que vão morrer. Cheguei a desejar a morte dela, somente para que não sofresse mais, sempre que chegava a casa depois de uma visita, chorava. É muito triste ver uma pessoa a morrer aos poucos á nossa frente e não se poder fazer nada. Esta experiência fez-me ganhar coragem para fazer voluntariado com pessoas do IPO, antes de entrar para a vida contemplativa quero ajudar os outros da melhor forma, e nada melhor do que ajudar aqueles que ninguém têm no momento da sua morte.

Quanto á afirmação que fiz no ínicio, de que as grades do Carmelo separam dois mundos tão iguais e ao mesmo tempo tão semelhantes, de verdade quem tem contacto com uma ordem de clausura sabe de que estou  a falar, as Irmãs têm uma vida muito semelhante enquanto fazem as tarefas de casa, e também fazem algo muito diferente, estão em silêncio, só se fala quando necessário, rezam pelos que não o fazem. É uma vida de amor, amor a Deus que é TUDO, e á comunidade, pois todas trabalham pela comunidade, ajudando-se umas ás outras.

O que mais gosto da vida do Carmelo é a vida contemplativa, e a vida comunitária, onde estão muitas pessoas mas que caminham juntas, apesar das diferenças de cada uma.

Luto todos os dias pelo meu sonho, ser feliz no Amor, e é o que peço a todos os que me rodeiam. De facto, só se pode ser feliz havendo amor e o amor não é mais do que uma entrega ao ser amado.

"O Carmelo é como o céu: carecemos de deixar tudo a fim de possuirmos Aquele que é TUDO".

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Subida


Eu posso quase ver
Esse sonho que estou sonhando.
Mas tem uma voz dentro da minha cabeça dizendo
Você nunca irá alcançá-lo




Cada passo que eu estou dando
Cada movimento que eu faço
Parece perdido sem direção
Minha fé está abalada
Porém eu tenho que continuar tentando
Tenho que manter minha cabeça erguida




[REFRÃO]
Sempre haverá uma outra montanha
E eu sempre irei querer movê-la
Sempre será uma batalha difícil
Às vezes eu terei que perder
Não se trata do quão rápido eu chegarei lá,
Não se trata do que está me esperando do outro lado
É a subida




As lutas que estou enfrentando
As oportunidades que estou tendo
As vezes podem me derrubar
Mas não, eu não estou caindo
Eu posso não saber disto
Mas são esses os momentos dos quais eu mais irei me lembrar yeah
Só tenho que continuar
E eu
Tenho que ser forte.
Continuar prosseguindo
Porque




[REFRÃO]
Sempre haverá uma outra montanha
E eu sempre irei querer movê-la
Sempre será uma batalha difícil
Às vezes eu terei que perder
Não se trata do quão rápido eu chegarei lá
Não se trata do que está me esperando do outro lado
É a subida




[REFRÃO]
Sempre haverá uma outra montanha
E eu sempre irei querer movê-la
Sempre será uma batalha difícil
Às vezes você terá que perder
Não se trata do quão rápido eu chegarei lá,
Não se trata do que está me esperando do outro lado
É a subida




Continue em movimento
Continue escalando
Mantenha a fé
Baby
Tudo se trata
Tudo se trata da subida
Mantenha a fé
Mantenha a sua fé
Woah-oh-oh-oh



The Climb

Miley Cyrus


Hoje acordei com a fé um pouco abalada, mas ao ouvir essa musica me fez acreditar que posso, é só uma questão de tempo e persisti no caminho, porque tenho certeza que vou consegui ir até o fim.

Aprisionado


A lampada está acessar mais ainda estou no escuro,
Preciso me liberta o vou morrer nessa jaula;

Aqui o sol não toca minha pele,
As estrelas o brilho perde,
A chuva cai é  meu rosto não molha;

As lagrimas rolam é não há ninguém para seca-las,
Já não falo! GRITO, mas ninguém  escuta;

Estou preso no mesmo lugar toda vida,
Com medo de me liberta e magoa aqueles que aprisionaram-me.

Os rios me chamam, mas já não Consigo contentar-me em só olha-los passar.
Preciso partir para me liberta.

Autora: Jessica Rocha

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Poema da Paz




0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais
0 mistério maior? A morte
0 pior defeito? 0 mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar
A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo
A maior satisfação? 0 dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? 0 amor

Madre Teresa calcutá

Arnaldo Jabor - Biografia

Arnaldo Jabor (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1940) é um cineasta, crítico e escritor brasileiro.formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neo-realismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.
No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuram caminhos metáforicos, alegóricos, para driblar a ação do governo e poder expor suas propostas. Jabor faz o mesmo com Pindorama (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometem a qualidade da obra, como o próprio Jabor admitiria mais tarde.
Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda Nudez Será Castigada (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).
O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: O Casamento (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com Tudo Bem (1978), inicia a chamada "Trilogia do Apartamento", talvez seu filme mais célebre que investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros, grandes desempenhos.
A película seguinte se dedica mais a uma análise intimista e sexual: Eu Te Amo (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.
O próximo filme, Eu Sei que Vou Te Amar, com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com Eu Te Amo. Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria.
Na década de 1990, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a Rede Globo, no Jornal Nacional, Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também para a Rádio CBN, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Seus dois últimos livros Amor É prosa, Sexo É poesia (Editora Objetiva, 2004) e Pornopolítica (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.
Abordando os mais variados temas (cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito), suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.
Diversos textos que circulam pela internet são falsamente assinados por Arnaldo Jabor. No dia 3 de novembro de 2009, o próprio autor escreveu uma coluna negando essas autorias e fazendo uma crítica sobre o assunto.

Filmografia

Prêmios e nomeações

 Livros publicados

NOSSOS DIAS MELHORES NUNCA VIRÃO?

Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho "presente" é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido.
As utopias liberais do século 20 diziam que teríamos mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que a tecnologia não está aí para distribuir sossego, mas para incrementar competição e produtividade, não só das empresas, mas a produtividade dos humanos, dos corpos. Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo.
Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar".
Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de que o passado era precário e o futuro seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, da sucessibilidade de momentos, de começo e fim, ficamos também sem presente, vamos perdendo a noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem noite e sem dia. Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato.
Há alguns anos, eu vi um documentário chamado Tigrero, do cineasta finlandês Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele veio, na época, e filmou uma aldeia de índios no interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em 92, Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e exibiu para os índios o material colorido de 50 anos atrás. E também registrou, hoje, os índios vendo seu passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e o resultado é das coisas mais lindas e assustadoras que já vi.
Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles se viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e dançando. Seus rostos viam um milagre. A partir desse momento, eles passaram a ter passado e futuro. Foram incluídos num decorrer, num "devir" que não havia. Hoje, esses índios estão em trânsito entre algo que foram e algo que nunca serão. O tempo foi uma doença que passamos para eles, como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é que pareciam mostrar o "presente" verdadeiro deles. Eram mais naturais, mais selvagens, mais puros naquela época. Agora, de calção e sandália, pareciam estar numa espécie de "passado" daquele presente. Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles.
Lembrando disso, outro dia, fui atrás de velhos filmes de 8mm que meu pai rodou há 50 anos também. Queria ver o meu passado, ver se havia ali alguma chave que explicasse meu presente hoje, que prenunciasse minha identidade ou denunciasse algo que perdi, ou que o Brasil perdeu... Em meio às imagens trêmulas, riscadas, fora de foco, vi a precariedade de minha pobre família de classe média, tentando exibir uma felicidade familiar que até existia, mas precária, constrangida; e eu ali, menino comprido feito um bambu no vento, já denotando a insegurança que até hoje me alarma. Minha crise de identidade já estava traçada. E não eram imagens de um passado bom que decaiu, como entre os índios. Era um presente atrasado, aquém de si mesmo. A mesma impressão tive ao ver o filme famoso de Orson Welles, It's All True, em que ele mostra o carnaval carioca de 1942 - únicas imagens em cores do País nessa década. Pois bem, dava para ver, nos corpinhos dançantes do carnaval sem som, uma medíocre animação carioca, com pobres baianinhas em tímidos meneios, galãs fraquinhos imitando Clark Gable, uma falta de saúde no ar, uma fragilidade indefesa e ignorante daquele povinho iludido pelos burocratas da capital. Dava para ver ali que, como no filme de minha família, estavam aquém do presente deles, que já faltava muito naquele passado.
Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O "hoje" deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias.
E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os "juros" da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente.
ARNALDO JABOR


O quarto que toda menina gostaria de ter.

Este quarto é diferente, especial para meninas. Só mesmo uma pequena princesa poderia apreciar uma maravilha como esta. Um quarto de princesas feito a medida dos mais pequeninos. Uma verdadeira maravilha de brincadeira. Um espaço de muita adoração das pequenas princesas. Esta decoração saída de um conto de fadas faz as delicias de qualquer menina.

* Sonho de criança *


Nas cores do arco-íris
Eu quero escorregar
Cair no centro da Terra
Sobre o magma surfar
Sem o perigo de me queimar
Colher estrelas - do- mar
Em cavalos marinhos cavalgar
Voar na companhia de mil passarinhos
Escalar montanhas e cruzar oceanos
Construir em árvores muitos ninhos
Brincar de bambolé  
Com os anéis de Saturno
Pelo universo dar um rolé
Vagando sem rumo
Quero saltar sobre águas vivas gigantes
Brincar de pique-esconde
Atrás dos elefantes
Atravessar nebulosas
Colher nos jardins do céu
Lindas rosas
Rosas que exalam
O perfume da esperança
Rosas de cor branca
Como a pureza da criança

                                  * Úrsula A. Vairo Maia *

Os homens - Arnaldo Jabor

Uma visão real e quem tiver coragem mande para a namorada ou esposa
Foi lendo um monte de besteiras que as mulheres escrevem em livros sobre o ‘universo masculino’, que resolvi escrever esse e-mail.
Não tenho objetivo de ‘revelar’ os segredos dos homens, mas amigos, me desculpem. Não se trata de quebrar nosso código de ética.
Isso vai ajudar as mulheres a entenderem os homens e, enfim, pararem de tentar nos mudar com métodos ineficazes.
Vou começar de sola.
Se não estiver preparada nem continue a ler.
E digo com segurança: o que escrevo aqui se aplica a 99,9% dos homens baianos e brasileiros (sem medo de errar).

1º Não existe homem fiel.

Vc já pode ter ouvido isso algumas vezes, mas afirmo com propriedade. Não é desabafo.
É palavra de homem que conhece muitos homens e que conhecem,por sua vez, muitos homens.
Nenhum homem é fiel, mas pode estar fiel (ou porque está apaixonado, algo que não dura muito tempo – no máximo alguns meses – nem se iluda) ou porque está cercado por todos os lados (veremos adiante que não adianta cercá-lo. (Isso vai se voltar contra vc).
A única exceção é o crente extremamente convicto.
Se vc quer um homem que seja fiel, procure um crente daqueles bitolados, mas agüente as outras conseqüências.

2º Não desanime.

O homem é capaz de te trair e de te amar ao mesmo tempo.
A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia.
Não é como a da mulher.
Mulher tem que admirar para trair; ter algum envolvimento.
O homem só precisa de uma bunda.
A mulher precisa de um motivo para trair, o homem precisa de uma mulher.

3º  Não fique desencantada com a vida por isso.

A traição tem seu lado positivo. Até digo, é um mal necessário.
O cara que fica cercado, sem trair é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui (isso mesmo, o desempenho com a esposa diminui), ele fica mal da cabeça.
Entenda de uma vez por todas: homens e mulheres são diferentes.
Se quiser alguém que pense como vc, vire lésbica (várias já fizeram isso e deu certo), ou case com um viado enrustido que precisa de uma mulher para se enquadrar no modelo social.
Todo ser humano busca a felicidade, a realização.
E a realização nada mais é do que a sensação de prazer (isso é química, tá tudo no cérebro).
A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal, com a segurança de ter uma família estruturada e saudável,com um bom homem ao lado que a proteja e lhe dê carinho.
O homem é mais voltado para a profissão e para a realização pessoal e a realização pessoal dele vêm de diversas formas:
pode vir com o sentimento de paternidade, com uma família estruturada,etc. mas nunca vai vir se não puder acesso a outras fêmeas e se não puder ter relativo sucesso na profissão.
Se vc cercar seu homem (tipo, mulher que é sócia do marido na empresa.
O cara não dá um passo no dia-a-dia (sem ela) vc vai sufocá-lo de tal forma que ele pode até não ter espaço para lhe trair, mas ou seu casamento vai durar pouco, ele vai ser gordo (vai buscar a fuga na comida) e vai ser pobre (por que não vai ter a cabeça tranqüila para se desenvolver profissionalmente.
(Vai ser um cara sem ambição e sem futuro).

4º Não tente mudar para seu homem ser fiel. Não adianta.

Silicone, curso de dança sensual, se vestir de enfermeira, etc… nada disso vai adiantar.
É lógico que quanto mais largada vc for, menor a vontade do homem de ficar com vc e maior as chances do divórcio.
Se ser perfeita adiantasse, Julia Roberts não tinha casado três vezes.
Até Gisele Bunchen foi largada por Di Caprio, não é vc que vai ser diferente (mas é bom não desanimar e sempre dar aquela malhadinha).
O segredo é dar espaço para o homem viajar nos seus desejos (na maioria das vezes, quando ele não está sufocado pela mulher ele nem chega a trair, fica só nas paqueras, troca de olhares).
Finja que não sabe que ele dá umas pegadas por fora.
Isso é o segredo para um bom casamento.
Deixe ele se distrair, todos precisam de lazer.

5º Se vc busca o homem perfeito, pode continuar vendo novela das seis.

Eles não existem nesse conceito que vc imagina.
Os homens perfeitos dehoje são aqueles bem desenvolvidos profissionalmenteque traem esporadicamente (uma vez a cada dois meses, por exemplo), mas que respeitam a mulher, ou seja, não gastam o dinheiro da família com amantes, não constituem outra família não traem muitas vezes, não mantêm relações várias vezes com a mesma mulher (para não criar vínculos) e, sobretudo, são muuuuuito discretos: não deixam a esposa (e nem ninguém da sua relação,como amigas, familiares, etc saberem).
Só, e somente só, um amigo ou outro DELE deve saber, faz parte do prazerdo homem contar vantagem sexual. Pegar e não falar para os amigos é pior do que não pegar. As traições do homem perfeito geralmente são numa escapolida numa boite, ou com uma garota de programa (usando camisinha e sem fazer sexo oral nela), ou mesmo com uma mulher casada de passagem por sua cidade.
O homem perfeito nunca trai com mulheres solteiras.
Elas são causadoras de problemas.
Isso remete ao próximo tópico.
6º ESSE TÓPICO NÃO É PARA AS ESPOSAS É PARA AS SOLTEIRAS OU AMANTES:
Esqueçam de uma vez por todas esse negócio de homem não gosta de mulher fácil. Homem adora mulher fácil.
Se ‘der’ de prima então, é o máximo.
Todo homem sabe que não existe mulher santa.
Se ela está se fazendo de difícil ele parte para outra.
A demanda é muito maior do que a procura.
O mercado ta cheio de mulher gostosa.
O que homem não gosta é de mulher que liga no dia seguinte.
Isso não é ser fácil, é ser problemática (mulher problema).
Ou, como se diz na gíria, é pepino puro.
O fato de vc não ligar para o homem e ele gostar de vc, não quer dizer que foi por vc se fazer de difícil, mas sim por vc não representar ameaça para ele.
Ele vai ficar com tanta simpatia por vc que vc pode até conseguir fisgá-lo e roubá-lo da mulher.
Ele vai começar a se envolver sem perceber.
Vai começar ELE a te procurar.
Se ele não te procurar era porque ele só queria aquilo mesmo.
Parta para outro e deixe esse de stand by.
Não vá se vingar, vc só piora a situação e não lucra nada com isso.
Não se sinta usada, vc também fez uso do corpo dele – faz parte do jogo; guarde como um momento bom de sua vida.

7º 90% dos homens não querem nada sério.

Os 10% restantes estão momentaneamente cansados da vida de balada
ou estão ficando com má fama por não estarem casados ou enamorados; por isso procuram casamento.
Portanto, são máximas as chances do homem mentir em quase tudo que te fala no primeiro encontro (ele só quer te comer, sempre).
Não seja idiota, aproveite o momento, finja que acredita que ele está apaixonado, dê logo para ele (e corra o risco de fisgá-lo) ou então nem saia com ele.
Fazer doce só agrava a situação, estamos em 2007 e não em 1957.
Esqueça os conselhos da sua avó, os tempos são outros.

8º Para ser uma boa esposa e para ter um casamento pelo resto da vida faça o seguinte:

Tente achar o homem perfeito do 5º item, dê espaço para ele.
Não o sufoque. Ele precisa de um tempo para sua satisfação.
Seja uma boa esposa, mantenha-se bonita, malhe, tenha uma profissão (não seja dona de casa), seja independentee mantenha o clima legal em casa.
Nada de sufocos, de ‘conversar sobre a relação’, de ficar mexendo no celular dele, de ficar apertando o cerco, etc.
Vc pode até criar ‘muros’ para ele, mas crie muros invisíveis e não muito altos.
Se ele perceber ou ficar sem saída, vai se sentir ameaçado e o casamento vai começar a ruir.

A última dica:

9º Se vc está revoltada por este e-mail, aqui vai um conselho: vá tomar uma água e volte para ler com o espírito desarmado.
Se revoltar quanto ao que está escrito não vai resolver nada em sua vida.
Acreditar que o que está aqui é mentira ou exagero pode ser uma boa técnica (iludir-se faz parte da vida, se vc é dessas, boa sorte!).
Mas tudo é a pura verdade.
Seu marido/noivo/namorado te ama, tenha certeza,senão não estaria com vc, mas trair é como um remédio;um lubrificante para o motor do carro. Isso é científico.
O homem que vc deve buscar para ser feliz é o homem perfeito do item 5º.
Diferente disso ou é crente, ou viado ou tem algum trauma (e na maioria dos casos vão ser pobres).
O que vc procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que vc pode achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que vc nunca vai encontrar.
Espero ter ajudado em alguma coisa.
Agora, depois de tudo isso dito, cadê a coragem de mandar este e-mail para minha mulher??

(Arnaldo Jabor)